AML traz a trajetória literária de 12 autores mineiros vista a partir de seus locais de nascimento

Angela Laguardia, vice-presidente da Academia Barbacenense de Letras

Texto do Jornalista, Doutor em Literatura e Presidente Emérito da Academia Mineira de Letras Rogério Faria Tavares publicado no Diário do Comércio em 15 de novembro de 2024.

 

Marcado para o dia 30 de novembro, sábado, às 10 horas, na sede da Academia Mineira de Letras (AML), à rua da Bahia, 1466, no Bairro de Lourdes, o lançamento do número 84 da revista da instituição comprova o vigor da publicação, fundada em 1922, quando o presidente da AML era o poeta Mário de Lima. O evento será aberto ao público e terá entrada franca.

Com preparação de originais e revisão a cargo do ótimo Leonardo Mordente, o novo volume traz magnífica capa da consagrada artista plástica Niura Bellavinha e tem 436 páginas. Entre os textos, dossiê temático especial que organizei a partir de sugestão do jornalista Sílvio Ribas. Intitulado “Literatura e Cidade Natal”, ele propõe uma reflexão sobre a trajetória literária de doze autores mineiros vista a partir de seu local de nascimento.

Seguindo tal eixo, os ensaístas convidados analisam as relações entre Drummond e Itabira (Mário Alex Rosa), Nava e Juiz de Fora (Antônio Sérgio Bueno), Darcy Ribeiro e Montes Claros (Ivana Ferrante Rebelo), Lúcio Cardoso e Curvelo (Sílvio Ribas), Maria Lacerda de Moura e Barbacena (Ângela Laguardia), Helena Morley e Diamantina (Maria Inês Marreco), Dantas Mota e Aiuruoca (Caio Junqueira Maciel), Lina Tâmega Peixoto e Cataguases (Ronaldo Werneck), Divinópolis e Adélia Prado (Luciana Pereira Pimenta), Carolina Maria de Jesus e Sacramento (Lorena Barbosa), Fernando Sabino e Belo Horizonte (Cristina Ferreira de Souza) e Conceição Evaristo e Belo Horizonte (Conceição Evaristo).

De primeira linha e alto padrão, os textos exploram pontos de vista diferentes sobre a obra dos escritores focalizados, ampliando a fortuna crítica sobre o trabalho deles e divulgando a sua produção na atualidade, o que é fundamental para que continuem a ser lidos e estudados. A revista cumpre, assim, seu dever de manter acesa e vigorosa a Literatura feita em Minas, uma das formas de expressão artística mais definidoras do chamado “espírito mineiro”.

Em outra seção do mesmo número, os leitores também encontrarão o belíssimo ensaio da professora Ivete Walty sobre o saudoso acadêmico Olavo Romano (1937 – 2023), por ela lido na ‘sessão da saudade’ com que a Academia pranteou a memória de seu presidente emérito, um dos grandes responsáveis por abrir suas portas para a sociedade e o povo, consciente de que as instituições só permanecem firmes se estão sintonizadas com o seu tempo e os dramas de sua gente.

FONTE: https://diariodocomercio.com.br/opiniao/coluna/viver-em-voz-alta/aml-traz-trajetoria-literaria-doze-autores-mineiros/