Ronaldo Dutra Araújo (Membro efetivo da Academia Barbacenense de Letras, Cadeira número 20)
O soldado Monsueto,
Sentado na porta da Delegacia,
Via a vida passar
E comia meleca.
Ruminava a tarde inteira
E não prendia ninguém.
O soldado Zé Pereira
Saía cedinho de casa;
Pescava e caçava inhambu.
Via pescando e caçando
E não prendia ninguém.
O soldado Monsueto e o soldado Zé Pereira
Valiam por cem generais.
À noite
Sentavam e jogavam escopa a vale.
E nunca prendiam ninguém.
Poema de Ronaldo Dutra Araújo publicado no Anuário da Academia Barbacenense de Letras, em 1988, página 69