Edson Carlo Brandão Silva, nasceu em Barbacena, Minas Gerais, no ano de 1967. É desenhista artístico, chargista, caricaturista, designer gráfico, diagramador, pesquisador de história regional e curador de arte. Cursou História na Fundação Presidente Antônio Carlos – FUPAC – e é graduado em Ciências Sociais pela Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG.
A partir de 1985, começou a publicar seus trabalhos gráficos e textos no jornal carioca, O Pasquim. Venceu mais de dez edições do Concurso de Desenhos Pasquim/Malt 90 de humor gráfico, cuja comissão julgadora incluía nomes como Paulo e Chico Caruso, Millôr Fernandes, Luís Fernando Veríssimo, Jaguar, dentre outros. Participou e foi premiado em diversos salões de humor gráfico no Brasil e exterior: Salão de Humor de Volta Redonda (RJ), Piracicaba (SP), Salvador (BA), Teresina (PI), Gabrovo (Bulgária) e Ancona (Itália). Em 1986, foi contratado como chargista, ilustrador e redator do Jornal Cidade de Barbacena, um dos mais antigos jornais mineiros que circulou de 1898 a 1993.
Atuou como programador visual de vários espetáculos do grupo teatral Ponto de Partida. Fez os projetos museográficos e a programação visual das exposições permanentes do Museu da Loucura (projeto original 1996 e revitalização em 2016), Museu Municipal e Casa de Emeric Marcier, todos em Barbacena. Em 2001, criou a exposição itinerante “Crimes de Guerra em Tempos de Paz”, realizada a partir da série de reportagens “Nos Porões da Loucura”, do jornalista Hiram Firmino e publicadas no Jornal Estado de Minas (1979).
Foi diretor executivo e posteriormente, presidente da Fundação Municipal de Cultura de Barbacena, entre 1993 e 2001, onde ajudou a implantar aparelhos culturais ainda em atividade e co-produziu eventos como festivais de música, concertos, exposições de artes, colóquios e outras atividades artísticas e culturais. Em 2002, foi Secretário Municipal de Comunicação de Barbacena, no mesmo ano foi condecorado com a Medalha Santos Dumont, Grau Prata, pelo Governo de do Estado de Minas Gerais por sua relevante contribuição para a cultura mineira. Em 2019, foi agraciado com a Ordem do Nascente do Poder Aéreo, Grau Membro Honorário, concedida de Escola Preparatória de Cadetes do Ar, EPCAR, da Força Aérea Brasileira. Entre 2013 e 2015, foi respectivamente, vice-presidente adjunto, presidente e diretor de cultura e turismo da Agência Municipal de Desenvolvimento de Barbacena e Região – AGIR.
Como curador de artes, organizou na extinta galeria do Centro Ferroviário de Cultura – CEFEC – Estação Ferroviária de Barbacena – exposições individuais e coletivas de artistas como Yara Tupynambá, Carlos Bracher, Fani Bracher, Dnar Rocha, César Brandão, Sérgio Sabo, Fernando Pitta, Robert Ballantyne, Zé Damas, Antônio Maschio, Beth Cavalcanti, Paulo Pigmento (Paulão), Sério Benini, dentre outros. Em 2010, realizou a exposição “Meu Santo Protetor”, juntando arte digital com as obras sacras dos principais santeiros de São João Del-Rei, na galeria do Centro Cultural da Universidade Federal de São João Del-Rei – UFSJ. Curadoria de Zandra Miranda e Carlos Calsavara. Em 2016, foi o curador da exposição “Marcier – 100”, mostra comemorativa do centenário do pintor romeno, Emeric Marcier (1916-1990), no Palácio das Artes, Belo Horizonte, com produção da Fundação Clóvis Salgado e Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. No mesmo ano, produziu para o Museu da Loucura, em Barbacena, a exposição Recorte – Acervo da Fundação Clóvis Salgado, reunindo obras de Marcos Coelho Benjamim, Sara Ávila, Sônia Laboriau, Carlos Wolney, Sérgio Nunes, Rodelnégio, Lorenzato, Jarbas Juarez, Inimá de Paula, Mário Silésio, Petrônio Bax, Fátima Pena, Lótus Lobo, Andrea Lanna, Aretuza, Maria Helena Andrés e Irma Renault, com curadoria de Augusto Nunes-Filho.
Autor de dezenas de capas de livros, discos e peças publicitárias, foi co-organizador e programador visual do livro “Colônia, Uma Tragédia Silenciosa,” lançado em 2008, com o patrocínio da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. Entre 2010 e 2013, foi editor e redator e ilustrador da Revista SIM Magazine. Foi o produtor executivo, diagramador e autor de um dos capítulos do livro “Ernst Hasenclever e sua viagem pelas províncias do Rio de janeiro e Minas Gerais”, em parceria com a historiadora Debora Bendochi Alves, da Universidade de Colônia, Alemanha. Editado pela Fundação João Pinheiro, o livro contém a transcrição traduzida do alemão dos diários e os desenhos até então inéditos do viajante Ernst Hasenclever (1814-1869). Em 2020, fez o estudo crítico da iconografia antiga da vila e cidade de Barbacena, no livro “Cores de Barbacena”, de Doorgal Borges de Andrada e ilustrado por Waldir Damasceno.
É membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico da Região Histórica de Guarapiranga, da Freguesia da Borda do Campo e do Pomba – IHG GBP – membro honorário da Academia Rotária de Letras – ABROL MG-LESTE – e membro correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de São João Del-Rei.
“Casa da Cultura” Ilustração de Waldir Damasceno no livro “Cores de Barbacena, uma viagem pela história da cidade”, página 113 (Cadeia Velha – década de 1930 / atual Casa da Cultura Municipal). Técnica: Aquarela/nanquim s/ papel debret – 56×37 cm – desenho e pintura a partir de foto
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