Infinito Celeste

Paulo Dionê Quintão (Cadeira 19)

 

Azul…

Horizontes, colinas e serras…

Eu queria ganhar estrada

Para nunca descansar

Apenas viajar, viajar…

Estação? Qual? Não!

Deus está em todas as terras.

 

Azul…

O céu e o oceano se beijam…

Eu queria adentrar milhas

Para nunca aportar

Apenas navegar, navegar…

Porto? Qual? Não!

Deus está com os que pelejam.

 

Azul…

Infinito celeste assim…

Eu queria ganhar espaço

Para nunca chegar

Apenas voar, voar…

Lugar? Qual? Não!

Deus não tem fim.

 

Azul…

Pensamento alegre, coração contente…

Ordeno ao corpo e à vida:

Viaja, navega e voa

Ri, sonha e entoa…

Dor? Qual? Não!

Deus a transformou em semente.

 

Poema de Paulo Dionê Quintão, membro da Academia Barbacenense de Letras (Cadeira 19). Sacerdote católico. Escrito em 03/01/1996 e publicado no Anuário 1996/1997 da ABL, pág 88.