Áurea Vasconcelos (Cadeira número 34)
Claudionor viu a flor. De um salto, colheu-a com ardor. E correu para oferece-la, com amor, a Leonor. Mas, ai que dor! Encontrou-a, sem pudor, nos braços de Heitor!
Tereza, toda beleza, ia pela correnteza. Pés na água, pensando com pureza, nas delícias da natureza. De repente, sem destreza, tropeça na pedra. Que tristeza! Só estranheza, na frieza do corpo molhado.
Gastão segue pelo calçadão. Como ele, um mundão de gente. No coração, leva a paixão. No sonho, a devoção. Na mão, linda flor em botão. De repente, o esbarrão. Que decepção! No chão, em vão, foi-se a flor em botão.
Poema de Áurea Luíza Vasconcelos Grossi, membro da Academia Barbacenense de Letras, ocupando a cadeira 34