Evandro Aléssio Pereira Rodrigues
Tenho medo dos sonhos; não daqueles que sonho dormindo.
Se é céu ou se é limbo, chorando ou sorrindo,
Não me preocupo depois de acordar.
Tenho medo dos sonhos que sonho acordado.
Que no meio do fardo me ponho a traçar a pintura do topo.
Mas olho o relógio e lembro que o tempo não para.
E vejo de cara que é pouca a vida que temos lá fora.
E que já não importa se eu faço ou não faço o jogo vencer.
Talvez fique o passo.
Bem dado ou mal dado,
Ninguém vai lembrar
Ou nem vai perceber.
Poema de Evandro Aléssio Rodrigues Pereira, membro da Academia Barbacenense de Letras, Cadeira número 31.