Soneto ao aniversário de Barbacena

Paulo Roberto Maia Lopes

 

Caminho Novo, ousada trilha entre montanhas,

Pioneira senda de febris desbravadores

Ao chamado das minas, rudes esplendores

De ouro ainda bruto que ocultavam nas entranhas.

 

Beira do Campo e da aventura, serra serena,

Pousada de Garcia Paes, berço futuro

De artistas e de heróis, filhos de teu ar puro,

Flores nobres do teu regaço, Barbacena!

 

E hoje, no branco azul do pavilhão amado

Que te envolve na paz, que alteia-se na liça,

Desenha-se o perfil, – olímpica cidade! –

 

Lembrança atroz de sonho antigo do Enforcado

Qual sombra austera, anseio altivo de justiça,

Erguida sobre ti, a mão da liberdade!…

 

Poema de Paulo Maia Lopes, extraído do Anuário 1988, pág 53, da ABL. Paulo Maia Lopes ocupa a Cadeira número 17 da Academia Barbacenense de Letras